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As subidas selvagens de escalão na segurança social estão entre as medidas mais arbitrárias do governo. Olhemos o caso das artes, que é onde moro. Desculpem o tom pedagógico mas o assunto, perante a ignorância, exige pedagogia: nas actividades artísticas umas vezes ganha-se, outras não. Há meses bons e meses de escasso trabalho. Há anos simpáticos e anos miseráveis. Se alguém teve o azar (é esse o termo) de ganhar bem no ano passado, subiu de escalão. As gentes governativas esquecem-se é que este ano, num contexto cultural de vazio, as circunstâncias mudaram. O que não muda é a obrigação de pagar uma batelada (acima dos 300 euros e dos 400 euros por mês). A pessoa paga por aquilo que, excepcionalmente, ganhou no ano anterior. E é partir daqui, desta situação evidentemente injusta, que o cidadão nórdico, satisfeito por contribuir, transforma-se no mais irado dos taxistas.
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