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Há uns anos eu e o Nuno Artur Silva escrevemos um sketch para o grupo Manobras de Diversão no qual dois intelectuais analisavam "uma obra" e a certa altura um deles dizia, sentenciosa e elogiosamente: "Ah, é de uma contenção!". Vejo que o comentário se vai generalizando. As melhores obras artísticas são aquelas que manifestam uma "enorme contenção" e "não fazem qualquer cedência ao sentimentalismo". Ora eu acho que o cinismo do mundo precisa de menos contenção emocional e mais mãos largas no sentimento. Sim, a arte pode ficar na praia, à entrada das ondas. Mas aquela que marca, que fica e se transcende é a que mergulha. A que tem a coragem para passar a zona de rebentação e de nadar para uma zona onde não tenha pé.
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