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“Tu só sabes fazer rapazes!”. É essa frase que mais tenho ouvido agora que os meus amigos e conhecidos sabem que vou ser pai do terceiro crianço. É uma acusação. Um apontar de pistola. Um “és um falhado e aguenta-te com isso”.
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Passo uns meses sem escrever poesia. Mas também não há problema. Escrever poesia é como andar de bicicleta. Às vezes um gajo malha.
"O que importa é que o bebé se entenda bem com a maminha".
Pensar a língua faz salivar os neurónios.
O talento é o génio preguiçoso.
As intervenções de Marinho Pinto são mais violentas do que o vídeo dos Mão Morta. O ex-bastonário dos doutores advogados atira sempre a matar. Contra tudo e contra todos. Pode dizer-se que ao pé dele qualquer taxista é moderado. O personagem Luxúria Canibal é um menino ao pé da figura Marinho Pinto.
A sua virtude é essa evidente coragem de puxar o gatilho sem medo do que lhe poderá acontecer ao pêlo por causa disso - e é verdade que os pactos secretos dos partidos do poder têm servido quem os ocupa. A sua desvirtude clara é o facto de fazer generalizações agressivas - e é fácil ter razão nalgum instante quando se faz uma generalização. Alguma parte do que se diz de radical bate certo com a triste realidade.
Mais:
http://www.sabado.pt/Opiniao/Nuno-Costa-Santos/Marinho-Pinto.aspx
Vá, falemos da nova canção e do novo vídeo dos Mão Morta, banda de que sou fã desde “Oub’lá”. ‘Horas de Matar’, que tem percorrido as redes sociais como um cavalo louco, para citar o título de uma música de outra banda bracarense, os Um Zero Amarelo. ‘Horas de Matar’ é o desespero de uma figura/personagem e nesse sentido pode ser visto como um momento de ficção, como quem lê o ‘Psicopata Americano’. E é melhor que assim seja. Não o quero ver de outra forma, da maneira como parece estar a ser lido por vasta gente. O vídeo traz figuras de partidos vários - e nesse sentido é democrático no apontar da pistola – mas ir pela fantasia da matança “deles”, “dos políticos”, é ir pelo fácil, pelo gratuito. Não acredito que Adolfo, demasiado lido e informado, queira inspirar qualquer tipo de populismo intelectual.
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